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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Ter ou Ser? Eis a questão!


Ter dinheiro, mas não ter valores sociais. Ter valores sociais, mas não ter dinheiro. O que é valido? Até onde somos interferidos por essa maneira de pensar?

Modelos com no máximo 50 quilos, bronzeados perfeitos, fala da moda e comportamento irretocável, não esquecendo do moicano estiloso. Tudo isso se encaixaria nos padrões tão exaltados em nossa cultura e tão expostos na mídia. Voltemos ao tempo em que aqueles quilinhos a mais e barriguinha saliente eram completamente aceitáveis e idolatradas. Um pouco antes, na pré-história, onde os seres “não-desenvolvidos” encaravam de maneira correta o aspecto físico do ser humano, não julgavam assim sua aparência.

Hoje somos “seres desenvolvidos”, mas até que ponto? Somos vítimas de ditadores da moda, do entretenimento, da informação, dessa grande obsolescência programada. Guiados para um modelo perfeito de uma sociedade cada vez mais imperfeita. Somos racionais e responsáveis pelas nossas ações? Temos e exercemos o livre arbítrio? 


A diferença entre nós e os outros seres é a racionalidade. Não somos guiados por extintos selvagens, mas sim por uma máquina perfeita e indescritível chamada cérebro. Temos opções de escolha, mas fazemos parte de um sistema que se aproveita dessa nossa opção e dita o que é certo ou errado, usando meios como a publicidade televisiva, disfarçada pela inofensiva “novela das 21h”. Somos racionais, mas parando para raciocinar, o raciocínio não é válido.

Grandes personagens literários, como Aurélia Camargo – Senhora, José de Alencar (1875) – tratam da questão “ter ou ser”, mostra os limites do dinheiro e como os valores sociais são válidos em relação a esses limites, superando-os de maneira plena. Mostra uma sociedade totalmente capitalista, onde não existia o amor e sim o dote, “uma transação comercial, chamada casamento”, como o próprio livro cita.

Somos romanos modernos, vítimas de coliseus tecnológicos. A política do “pão e circo” é antiga, mas a cada ano parece ser aperfeiçoada e encaixada aos moldes de nossa própria política. Todos nós já ouvimos falar do “bolsa-família”, da copa do mundo, do show na praia “gratuito” e do famoso Black Friday. Disfarces modernos de uma sociedade cada vez mais pré-histórica.

Somos o fermento e o trigo e estamos nas mãos de padeiros, que nos moldam com suas diversas formas, nos colocando nesse abrasador forno chamado sistema. Quem são eles? Onde estão? Vivemos para descobrir as respostas de tais perguntas proporcionadas pelo tal capitalismo selvagem. Agora só nos resta uma dúvida: Será que estamos nos tornando robôs programados pelo sistema?


Malu Aguiar e Montez Oliveira

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Cazuza - Uma Ideologia de Vida


Cazuza foi, e ainda é, considerado um dos maiores cantores que já pisaram no planeta. Com suas letras fortes e melodias "chicletes", suas músicas foram eternizadas e frases como "prefiro toddy ao tédio" são citadas até hoje.
Pensando nisso, o Musicalizando homenageia agora, através desse curta-metragem esse grande ídolo de várias gerações.

* O Blogspot não está disponibilizando a visualização do mesmo, assista direto no Youtube, através deste link:


Malu Aguiar e Montez Oliveira

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Documentarizando: Cazuza - Uma Ideologia de Vida


Homenagear Cazuza é encontrar e interpretar as diversas facetas desse grande cantor, amigo e ídolo de várias gerações. O Musicalizando fez sua singela homenagem a esse homem que deixou saudades em todos nós.
Dia 06/12, Sexta-Feira, o Musicalizando estreia um documentário inédito sobre Cazuza e suas facetas, não perca nenhum detalhe desse grande trabalho!

#CazuzaUmaIdeologiaDeVida

Veja agora o trailer:


Malu Aguiar e Montez Oliveira

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Plano SALTE - "E" de Educação



O “E” de energia foi trocado por “E” de educação, pois observamos que a energia dos nossos governantes não são gastas em prol da educação.

Durante muitos anos, o país do “Ordem e Progresso” esqueceu do progresso, que é fruto de uma boa educação. Sofremos intensamente com o analfabetismo. Não se desespere, caro leitor. Dizem por aí que essa taxa “diminuiu”, se bem que, também dizem por aí que “país rico é país sem pobreza”. Em quem devemos acreditar?

Quem nunca foi ao ponto de ônibus e se depara com a seguinte cena: uma pessoa pedindo ajuda de outra para ler o letreiro do ônibus? Esta é uma das muitas cenas que encontramos nos centros urbanos. Resultado de um país que desvaloriza sua educação e, principalmente, os profissionais que lutam para manter essa educação de pé. Chegamos ao ponto de um educador não incentivar seu aluno a seguir a mesma carreira, pois sabe que este aluno não receberá o reconhecimento, o valor profissional e a condição econômica necessária para sua carreira.


A base de um país é a educação. A base é sempre o alicerce de uma estrutura, então  nesse caso nossa estrutura está prestes a desmoronar. Ações estão sendo tomadas: "mais escolas”, ”mais professores”, ”mais petróleo”- este termos foi utilizado devido a ultima declaração da presidente Dilma Rousseff, que destinou parte dos royalties de petróleo para a educação.

Dizem que quem faz a escola são os alunos. Alunos, esses, que estão desestimulados, pois a realidade em que estão expostos não é a melhor possível: professores faltosos, falta de estrutura escolar, violência  na sala de aula e tanto as outros problemas vistos no sistema de educação pública. Invertendo a história, podemos observar o outro lado da moeda: Os Professores.

Antes de falar desses heróis do futuro, gostaríamos de agradece-los, pois se não fossem eles, não estaríamos aqui escrevendo e analisando além da ótica que nos é proposta. Se não fossem eles, não existiriam os advogados, engenheiros, médicos e um país chamado Brasil. Nunca esqueça o muito obrigado a esses sérios profissionais,de plena gratidão a esses, pois eles sim são o futuro da nação.


   Dedicamos esse post a todos os professores do nosso país.


Malu Aguiar e Montez Oliveira

Encerramos, assim, a análise do Plano SALTE. Agradecemos a colaboração de todos e aguardem o próximo post do #Musicalizando.
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Divirtam-se!!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Análise Musical - Plano SALTE: "AL" de Alimentação

Comida
Nessa música, os Titãs tentam passar uma ideia além da alimentação propriamente dita. Comida é a base do ser humano, mas não é só isso. Quando eles citam “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”, eles se referem a alimentação da alma. Um homem não se satisfaz apenas com o alimento, mas também com a diversão, com a “felicidade” que ele cita em próxima estrofe. Além disso, eles passam a ideia de que precisam de prazer pra sobreviver. Alimento é necessidade assim como ser feliz.


Malu Aguiar e Montez Oliveira

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Plano SALTE - "AL” de alimentação e “T” de Transporte


Imaginemos um país em que cada cidadão tem em sua mesa uma alimentação plena e onde gastemos menos de cinco minutos para ir ao trabalho ou a escola. Transitando de cá pra lá em absoluta paz. Grande utopia. Nem tudo são flores. Vivemos em um país chamado Brasil, onde a realidade é extremamente diferente.

A necessidade básica do ser humano é alimentar-se. O alimento que deveria estar acessível a todos, encontra-se hoje com altas taxas e valores irregulares, como aconteceu com o tomate. Isso não é de agora, já que durante o governo de Collor - Plano Collor I – houve o congelamento de preços, onde famílias inteiras foram afetadas e ficaram a mercê dessa onda irregular chamada “economia”.


Outros planos foram criados, como o "Fome Zero", na tentativa de complementar a refeição. O arroz e o feijão já estavam na mesa, só faltava a carne para a refeição estar completa. Estabilidade não é uma palavra que combina com alimentação; alimentação combina com instabilidade; instabilidade esta que transforma cidadãos em vítimas de um prato vazio.

Vítimas também não faltam para a mobilidade urbana que não se movimenta. Parece até um pleonasmo, mas é verdade. Os transportes públicos cada vez mais abandonados, a mercê do tempo e vítima da negligencia política. Como nem tudo parece está ruim o suficiente, são cobradas altas taxas e absurdos ajustes. O mais recente caso com o transporte foi em junho deste ano, que sucedeu em vastos protestos e mobilizações sociais.

O Brasil precisa de planos mas compactos e que tenham funcionamento, para sair assim desse ciclo do pagar impostos e não ter retorno. Precisamos sair do sinal vermelho e avançar para o verde, desviando assim dos carros irresponsáveis que podemos chamar de “políticos”. Eles aceleram sem rumo com um país de incertezas e instabilidades.
 Malu Aguiar e Montez Oliveira

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Análise Musical - Plano SALTE: "S" de Saúde


O Pulso
Músicas sobre saúde não são comuns, mas o Titãs ao escrever “O Pulso” criou um ótimo jogo de palavras, citando doenças conhecidas. Além de destacar esse lado científico, a música busca o lado sentimental. Mostra as mazelas da nossa sociedade, como quando cita “raiva”, “rancor”, “ciúmes” e “estupidez”. São doenças que precisam de um tratamento tanto médico quanto moral. Mais uma ótima crítica social e política dos Titãs.


Saúde
Rita Lee critica a sociedade que vive de fazer fofocas. Quando ela fala “vou cuidar mais de mim” se refere exatamente a preocupação dos outros com a vida alheia. Diz, entre linhas, que isso faz mal à saúde. Para melhorar sua “saúde” ela não vai mais ligar para as críticas e as intrigas e vai viver a vida dela da melhor forma possível. E ainda ressalta que “se por acaso morrer do coração” não foi por essas mentiras e sim, por amor.


Malu Aguiar e Montez Oliveira

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Plano SALTE - "S" de Saúde


No último texto do Musicalizando abordou-se o plano SALTE, criado por Dutra em 1946.

Saúde, é a palavra do “S” de SALTE. O primeiro objetivo do nosso governo para tentar salvar o sistema estabelecido. Uma sociedade saudável e de longa vida depende do seu sistema de saúde, tanto público quanto privado.

Fila do SUS
O país das mulatas não tem bom antecedentes em relação a esse tema. Atualmente, nota-se a catástrofe da saúde por meio de pesquisas realizadas pela ONU, que revela que a posição da saúde brasileira é a 108º entre 126 nações. Perdendo para o Afeganistão e Serra Leoa. Não é de se espantar que a insatisfação da população só aumente. Crianças morrem vítimas de cólera, leptospirose e verminoses em geral. São vítimas, também, de atendimentos precários e de imensas filas encontradas no SUS.

Hospitais públicos que estão a mercê do tempo e de inadimplências revela o país que tentou salvar a saúde e afundou-se ainda mais. O país tem “bons” planos, mas se perdem devido a burocracia e o desinteresse. Como diz o dito popular “de boa intenção o inferno ta cheio”. E infernal é a situação dos hospitais públicos. Muitos tem aparelhos avançados e boa estrutura, mas falta o principal: médicos. Assim como um colégio não funciona sem professores, padarias não funcionam sem padeiros, um país para ter uma saúde considerada boa, é preciso de médicos.

Dilma durante pronunciamento do "Mais Médicos"
Pensando nisso, Dilma em 21 de Junho deste ano pronunciou-se, depois de tantos protestos, em relação ao plano Mais Médicos - o plano visa a entrada de médicos estrangeiros, que falem português, para a diminuição da aglomeração nos postos de saúde e ainda trazendo uma certa melhoria para o mesmo.

O Brasil adota os planos como solução imediata e esperançosa. Tem-se a idéia que um novo plano encobrirá as falhas do anterior, como se uma mão lavasse a outra. O que acaba acontecendo é que a sujeira de uma mão passa para a outra e se torna mais difícil retirar essa lama cada vez mais impregnada.


à A desigualdade social é uma tendência crescente e suas consequências vão desde a alimentação ao transporte. Já consideramos o “S” de SALTE. Acompanhe no próximo post o “AL” de alimentação e o “T” de transporte.
Malu Aguiar e Montez Oliveira