Ter
dinheiro, mas não ter valores sociais. Ter valores sociais, mas não ter dinheiro.
O que é valido? Até onde somos interferidos por essa maneira de pensar?
Modelos
com no máximo 50 quilos, bronzeados perfeitos, fala da moda e comportamento
irretocável, não esquecendo do moicano
estiloso. Tudo isso se encaixaria nos padrões tão exaltados em nossa
cultura e tão expostos na mídia. Voltemos ao tempo em que aqueles quilinhos a
mais e barriguinha saliente eram completamente aceitáveis e idolatradas. Um
pouco antes, na pré-história, onde os seres “não-desenvolvidos” encaravam de
maneira correta o aspecto físico do ser humano, não julgavam assim sua
aparência.
Hoje
somos “seres desenvolvidos”, mas até que ponto? Somos vítimas de ditadores da
moda, do entretenimento, da informação, dessa grande obsolescência programada.
Guiados para um modelo perfeito de uma sociedade cada vez mais imperfeita. Somos
racionais e responsáveis pelas nossas ações? Temos e exercemos o livre
arbítrio?
A diferença entre nós e
os outros seres é a racionalidade. Não somos guiados por extintos selvagens,
mas sim por uma máquina perfeita e indescritível chamada cérebro. Temos opções
de escolha, mas fazemos parte de um sistema que se aproveita dessa nossa opção e
dita o que é certo ou errado, usando meios como a publicidade televisiva,
disfarçada pela inofensiva “novela das 21h”. Somos racionais, mas parando para
raciocinar, o raciocínio não é válido.
Grandes personagens
literários, como Aurélia Camargo – Senhora, José de Alencar (1875) – tratam da
questão “ter ou ser”, mostra os limites do dinheiro e como os valores sociais
são válidos em relação a esses limites, superando-os de maneira plena. Mostra
uma sociedade totalmente capitalista, onde não existia o amor e sim o dote, “uma
transação comercial, chamada casamento”, como o próprio livro cita.
Somos
romanos modernos, vítimas de coliseus tecnológicos. A política do “pão e circo”
é antiga, mas a cada ano parece ser aperfeiçoada e encaixada aos moldes de nossa
própria política. Todos nós já ouvimos falar do “bolsa-família”, da copa do
mundo, do show na praia “gratuito” e do famoso Black Friday. Disfarces modernos de uma sociedade cada vez mais
pré-histórica.
Somos
o fermento e o trigo e estamos nas mãos de padeiros, que nos moldam com suas
diversas formas, nos colocando nesse abrasador forno chamado sistema. Quem são eles?
Onde estão? Vivemos para descobrir as respostas de tais perguntas proporcionadas
pelo tal capitalismo selvagem. Agora só nos resta uma dúvida: Será que estamos
nos tornando robôs programados pelo sistema?
Malu
Aguiar e Montez Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou? Estamos no Facebook - https://www.facebook.com/musicalizandoo
E também no Twitter - @muusicalizando
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.