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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Plano SALTE - "S" de Saúde


No último texto do Musicalizando abordou-se o plano SALTE, criado por Dutra em 1946.

Saúde, é a palavra do “S” de SALTE. O primeiro objetivo do nosso governo para tentar salvar o sistema estabelecido. Uma sociedade saudável e de longa vida depende do seu sistema de saúde, tanto público quanto privado.

Fila do SUS
O país das mulatas não tem bom antecedentes em relação a esse tema. Atualmente, nota-se a catástrofe da saúde por meio de pesquisas realizadas pela ONU, que revela que a posição da saúde brasileira é a 108º entre 126 nações. Perdendo para o Afeganistão e Serra Leoa. Não é de se espantar que a insatisfação da população só aumente. Crianças morrem vítimas de cólera, leptospirose e verminoses em geral. São vítimas, também, de atendimentos precários e de imensas filas encontradas no SUS.

Hospitais públicos que estão a mercê do tempo e de inadimplências revela o país que tentou salvar a saúde e afundou-se ainda mais. O país tem “bons” planos, mas se perdem devido a burocracia e o desinteresse. Como diz o dito popular “de boa intenção o inferno ta cheio”. E infernal é a situação dos hospitais públicos. Muitos tem aparelhos avançados e boa estrutura, mas falta o principal: médicos. Assim como um colégio não funciona sem professores, padarias não funcionam sem padeiros, um país para ter uma saúde considerada boa, é preciso de médicos.

Dilma durante pronunciamento do "Mais Médicos"
Pensando nisso, Dilma em 21 de Junho deste ano pronunciou-se, depois de tantos protestos, em relação ao plano Mais Médicos - o plano visa a entrada de médicos estrangeiros, que falem português, para a diminuição da aglomeração nos postos de saúde e ainda trazendo uma certa melhoria para o mesmo.

O Brasil adota os planos como solução imediata e esperançosa. Tem-se a idéia que um novo plano encobrirá as falhas do anterior, como se uma mão lavasse a outra. O que acaba acontecendo é que a sujeira de uma mão passa para a outra e se torna mais difícil retirar essa lama cada vez mais impregnada.


à A desigualdade social é uma tendência crescente e suas consequências vão desde a alimentação ao transporte. Já consideramos o “S” de SALTE. Acompanhe no próximo post o “AL” de alimentação e o “T” de transporte.
Malu Aguiar e Montez Oliveira

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Entrevista Analítica - Brasil: O que deu errado?

O Musicalizando entrevistou novamente a filósofa e geógrafa Karina Karla. Dessa vez, ela faz uma análise das músicas de Cazuza, Jorge Ben Jor, Toquinho e Renato Russo, que criticam ou exaltam o nosso país. Divirtam-se!


Malu Aguiar e Montez Oliveira

sábado, 19 de outubro de 2013

Brasil: Filme e Livro

O Musicalizando recomenda o filme: "Caramuru - A Invenção do Brasil", e como diz o trailer: "uma versão não-oficial de quando o Brasil descobriu o mundo." O filme brinca com a formação de caráter do povo brasileiro. Mostra como "surgiu" a preguiça, a corrupção e a mentira. Tudo isso com muito bom humor. Confira abaixo a sinopse e o trailer desse sucesso do cinema brasileiro.

Cartaz do Filme
Em 1º de janeiro de 1500 um novo mundo é descoberto pelos europeus, graças aos grandes avanços técnicos na arte náutica e na elaboração de mapas. É neste contexto que vive em Portugual o jovem Diogo (Selton Mello), pintor que é contratado para ilustrar um mapa e, enganado pela sedutora Isabelle (Débora Bloch), acaba sendo punido com a deportação na caravela comandada por Vasco de Athayde (Luís Mello). A caravela acaba naufragando, mas ele, por milagre, consegue chegar ao litoral brasileiro. Lá conhece a bela índia Paraguaçu (Camila Pitanga) com quem logo inicia um romance temperado posteriormente pela inclusão de outra índia: Moema (Deborah Secco), irmã de Paraguaçu.


Capa do livro
E o Musicalizando também indica o livro "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil" de Leandro Narloch. O livro "critica" o esquema em que a história do Brasil é ensinada nas escolas e da forma que está presente nas provas do ENEM, por exemplo. Nesse livro, o jornalista Leandro Narloch prefere adotar uma postura diferente – que vai além dos mocinhos e bandidos tão conhecidos. Ele mesmo, logo no prefácio, avisa ao leitor: “Este livro não quer ser um falso estudo acadêmico, como o daqueles estudiosos, e sim uma provocação. Uma pequena coletânea de pesquisas históricas sérias, irritantes e desagradáveis, escolhidas com o objetivo de enfurecer um bom número de cidadãos.”
Malu Aguiar e Montez Oliveira

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Análise Musical - Brasil

Brasil
Cazuza critica a corrupção abusiva que desde os princípios incomoda os cidadãos de alguma forma e critica a exclusão do povo diante do governo e aponta claramente as falhas de sua “grande pátria desimportante”, prometendo assim o amor fiel.


País Tropical
Essa música retrata a mistura de um  povo e suas tradições. Mostra a visão exterior do país, ignorando totalmente a realidade encontrada no seu interior e adotando a ideia de como o Brasil é vendido lá fora: País do futebol, do samba e do carnaval.



Aquarela do Brasil
Tendo o Rio de Janeiro, centro das belezas físicas e naturais do Brasil, ”Aquarela do Brasil” mostra um país que muitos adotam como verdade absoluta. Um “país livre, pacifico e limpo”.



Que País é Esse
Renato Russo mostra o país do desrespeito,da sujeira e do futuro incerto. Onde o dinheiro vale mais do que a “alma dos nossos índios” e a dignidade mais que “o descanso dos nossos patrões”. Onde o cidadão indignado  e perdido diante do caos clama: "Que País É Esse?”


Malu Aguiar e Montez Oliveira

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Brasil: O que deu errado?

Chegada dos Portugueses
A corrida de Portugal em busca do El Dorado havia começado e pássaros avisavam que uma nova terra estava sendo descoberta: Terra Brasilis, para nós, Brasil. A cultura europeia foi implantada subitamente e os nativos, até então “inocentes”, foram enganados pelos seus olhos refletidos no espelho e nos utensílios europeus. Eles não sabiam, mas haviam assinado a sentença futura do Brasil.

Indígenas
O dito “jeitinho brasileiro” poderia ser facilmente trocado por “jeitinho europeu”. O Brasil é conhecido pela miscigenação, mas não só de cor, raça e cultura. Também fomos influenciados por pensamentos e idéias passadas. A maior herança que Portugal nos deixou foi uma palavrinha peculiar: Corrupção. Ela veio acompanhando Pedro Álvares Cabral e suas caravelas.

Muitos, hoje, adotam esse herança de uma maneira bem explícita. Nota-se isso no nosso digníssimo senado. Alguns políticos escondem-se atrás de falhas constitucionais e de um governo petrificado. Como bem disse Maquiavel, eles simulam suas virtudes e dissimulam seus atos detestáveis. E muitas vezes esses atos não são bem planejados e caem na graça do povo como, por exemplo, o mensalão. Caso conhecidíssimo, onde os políticos que prometeram servir o país, perderam a confiança do povo, ao guardar “seus” dinheiros em plenos trajes íntimos. Os escândalos não param por aí. Outros muito piores já passaram e outros ainda estão por vim.

O país do futebol e do samba se mostra cada vez mais surpreendente. As falhas são muitas, os erros são graves e as atitudes são poucas. “Geneticamente” falando o Brasil puxou ao “pai” –Portugal – e possui traços da “mãe” – O governo. Governo este que, por meio de frustrantes planos, cria uma espécie de ilusão e as consequências são danosas. O plano SALTE criado em 1946 pelo presidente Dutra (1946-1951). Foi uma dessas tentativas que até hoje sobrecarrega a herança brasileira.

Saiba mais sobre o Plano SALTE nos próximos posts do MUSICALIZANDO.

Malu Aguiar e Montez Oliveira

sábado, 5 de outubro de 2013

Ditadura Militar: Filmes e Livros

Retratar em um filme ou livro essa época negra da nossa história que é o Regime Militar, é uma missão que, sem dúvidas, merece nosso prestígio. 

Cartaz do filme "Zuzu Angel" - 2006
O Musicalizando indica o filme "Zuzu Angel". O filme conta a história de Zuzu Angel (Patrícia Pillar), uma estilista de modas, fica cada vez mais famosa no Brasil e no exterior. O desfile da sua coleção em Nova York consolidou sua carreira. Paralelamente seu filho, Stuart (Daniel de Oliveira), ingressa na luta armada, que combatia as arbitrariedades dos militares. Resumindo: as diferenças ideológicas entre mãe e filho eram profundas. Ela uma empresária, ele lutando pela revolução socialista e Sônia (Leandra Leal), sua mulher, partilha das mesmas idéias. Numa noite Zuzu recebe uma ligação, dizendo que "Paulo caiu", ou seja, Stuart tinha sido preso pelos militares. As forças armadas negam e Zuzu visita uma prisão militar e nada acha, mas viu que as celas estavam tão bem arrumadas que aquilo só podia ser um teatro orquestrado pela ditadura. Pouco tempo depois ela recebe uma carta dizendo que Stuart foi torturado até a morte na aeronáutica. Então ela inicia uma batalha aparentemente simples: localizar o corpo do filho e enterrá-lo.

Veja abaixo o trailer:


Algumas dicas de livros sobre uma das épocas mais faladas da história do Brasil.

O livro "Cale-se: Mpb e Ditadura Militar" de Manu Pinheiro, fala das letras das canções compostas nos anos mais duros da ditadura (1964 a 1974), e reforça a ideia de que a música serviu – e serve – como uma importante ferramenta de comunicação e persuasão.O livro foi lançado em 2011 e conta com 88 páginas. Ao ler, você vai conferir a análise de um dos períodos considerados mais marcantes da História do Brasil e a produção cultural do país àquela época. Uma época em que a censura restringia o acesso da população brasileira à informação, a música (aqui representada pelo segmento MPB) tornou-se um porta-voz. 


Outro livro sugerido é "A Caixa-preta do Golpe de 64". O livro foi escrito por um dos poucos sobreviventes da época, ainda lúcidos. Paulo de Mello Bastos resolveu abrir a caixa-preta do golpe de 64, ou seja, de toda a luta sindical e política pelas reformas de base, que assustou os militares golpistas. Para isso, o velho líder do Comando Geral dos Trabalhadores e ex-comandante da Varig procurou sete companheiros daqueles dias, como o então consultor-geral da República Waldir Pires, o ministro do Trabalho Almino Affonso, o líder da Frente Parlamentar Nacionalista Neiva Moreira, o sindicalista comunista Hércules Corrêa, e o presidente da poderosa CNTI e do CGT, Clodesmidt Riani. Ainda foram ouvidos dois brigadeiros, a favor e contra o golpe, Marcio Coqueiro e Rui Moreira Lima. Das conversas gravadas saiu muita história inédita.

 Malu Aguiar e Montez Oliveira

"Cale-se" - "Cálice"

Repressão,a mais cruel das torturas em plena Ditadura Militar,obrigava as pessoas a ficarem caladas,porém suas mentes estavam ativa e a mil.Abaixo,você encontra uma charge que mostra esse tipo de repressão,o cale-se de um sistema que perdurou por 21 anos.



Agradecemos - Márcio Vanndy

Malu Aguiar e Montez Oliveira 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Entrevista Analítica - Ditadura Militar

Karina Karla, filosofa e geógrafa, comenta as letras de Chico Buarque sobre a Ditadura Militar e faz uma análise crítica, sob sua ótica, de cada uma delas. Divirtam-se! 

                                                               

 
Malu Aguiar e Montez Oliveira

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Análise Musical - Ditadura Militar

Sabiá:
Chico brinca com a “Canção do Exílio”, poema nacionalista da primeira geração romântica. A letra exalta as belezas do nosso país e o quanto isso faz falta a um patriota. E, interpretando por outra ótica, o “voltar” pode ser entendido como “votar”, já que no Regime Militar não se fazia isso. 


Apesar de você:
Nesta música, Chico mostra a força de um povo, frente a luta contra a Ditadura, mostra sua reação diante da liberdade e uma esperança diante o futuro.


Acorda Amor:
A música "Acorda Amor", mostra o “vexame” das vítimas diante das prisões, retrata o desespero de um cidadão que agora encontram-se com um futuro incerto e que em pouco tempo, será uma das vítimas da Ditadura Militar.


Cálice :
Com uma letra intensamente ambígua, “Cálice” mostra os frutos da repressão, o medo do povo e a ameaça constante do “Cale-se” de um governo.


                                                              Malu Aguiar e Montez Oliveira